Gosto do K. Gosto mesmo. No dia dos anos dele (e como estamos os 2 desempregados) combinei ir passar a tarde com ele. Mas o K. é muito atarefado e lá fomos cumprir a listinha: acabar de lavar a loiça do almoço, orientar as coisas em casa, ir comprar uma tv, encomendar um estrado e lanchar (ele é um querido e pôs uma mesa cheinha de coisas pra mim - é um bocadinho exagerado também, mas fome não se passa naquela casa). Ainda queria que eu ficasse pra jantar, mas os meus planos já eram outros.
Ora que interesse é que isto tem? Pra vocês nenhum. Para mim é quase existencial.
Este dia faz-me lembrar várias coisas: o K. é um amigo à séria e as tradições ainda são o que eram (quando esteve em casa lesionado, também ia todas as semanas visitá-lo e todas as semanas havia o lanchinho) e que sou a dama de companhia oficial.
Não desgosto, até acho uma certa graça. Acho uma certa graça que as minhas amigas me "confiem fielmente" os seus namorados quando não se encontram e que as namoradas dos meus amigos (como é caso do K.) se sintam plenamente tranquilas quando estou com eles. I'm trustable.
Ainda há duas semanas o H. veio ter comigo enquanto a A. está na Guiné, quando a S. estava em Moçambique fui almoçar com o L. O R. vai-se casar daqui um mês e continua a chamar-me carinhosamente de "amorzinho" com o conhecimento da sua noiva A. And so on... Exemplos é que não faltam.
Conclusão (e daí o existencial): talvez a minha vocação seja mesmo a de "dama de companhia". E que seja. I'm happy with that.
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