segunda-feira, agosto 25, 2008

Desculpa não estar aí... mas estou já aqui...

Não oiço nada.
Só oiço a dor do "artista" a ecoar no meu coração.
Não oiço nada.
Só oiço a dor de quem não posso estender a mão.
Não oiço nada.
Só oiço a mágoa de quem partiu um coração.
Não oiço nada.
Só oiço a tristeza de quem conheceu a desilusão.
Não oiço nada.
Já nem me oiço a mim mesma, porque pior que as minhas dores, são as dores de quem amo e sofre por amor.
As varinhas mágicas não existem e as capacidades transcendentais de mudar um acontecimento pertencem só a Deus e até Ele escolhe não as utilizar.
Por isso lamento, na minha imensa pequenez, o que não posso mudar nem criar para dar uma só chama de esperança a quem já nem brasas tem no coração. Porque o coração pode estar aberto ao amor ou fechado na dor e a intensidade de cada um destes estados não é muito diferente, mas faz muita diferença.
Todos os meus que sofrem carregam não só o seu sofrimento, mas ainda mais o meu que tanto sofro por eles e às vezes penso que senão fosse tremendamente egoísta, talvez conseguisse libertar-me a mim e a eles. Pelo menos, um pouco.
A minha maior dor é a dos outros.

quarta-feira, agosto 13, 2008

Passagem das horas

(...) Trago dentro do meu coração,
Como num cofre que não se pode fechar de cheio,
Todos os lugares onde estive,
Todos os portos a que cheguei,
Todas as paisagens que vi através de janelas ou vigias,
Ou de tombadilhos, sonhando,
E tudo isso, que é tanto, é pouco para o que eu quero. (...)


Álvaro de Campos

sábado, agosto 09, 2008

partilhar

pensem numa pessoa com quem partilhem frequentemente..
pensem como partilhar é fácil...
pensem como seria se toda a gente no mundo tivesse alguém com quem partilhar e que esse alguém a compreendesse profunda e empaticamente...

eu tenho esse alguém! não é bom?

baci***