quarta-feira, dezembro 02, 2009

vício: pessoas

nunca sei bem explicar as coisas mais importantes como porque amo, como amo ou porque é que sou viciada em pessoas...
eu tento às vezes não me ligar às pessoas.. a sério.. quem me observar mais atentamente até percebe que até tenho assim uns tiques de superioridade e desprezo quando alguém não me agrada tanto.. mantenho assim, como se fosse... uma distância de segurança...
doutras vezes como desta em Taizé começo à partida por nem me aproximar... também não era por isso que eu lá ia.. eu só ia à procura de paz e luz... e se não fosse nos timmings overcrowded da Páscoa e do Verão seria ainda mais fácil.
mas depois existem sempre essas coisas chamadas pessoas.. podemos não lhes dar muita atenção à primeira e à segunda, mas elas estão lá... começamos então a dar-lhes uma mão e quando damos por nós já nos roubaram o coração!
pois claro que me apaixonei. E tantas paixões, meu Deus, para uma semana só! Os maravilhosos rapazes (M, P, R, Jo, Ja, G(B), G(S), W) e as encantadoras meninas (F, T, A, Jul, Jud, S, Ant, Si, C). Todos os aniversários, todos os erros de tradução, todos os taizé accents, todas as canções, todos na procura de Deus e todos de formas diferentes. Todos carregávamos histórias que nos tinham feito chegar ali. Trazíamos coisas novas e velhas pra rezar, decisões de morte, decisões de vida. Olhávamos e acreditávamos: o Reino de Deus é já aqui e já agora. Taizé tem esse encanto de experiência de Reino de Deus. Porque vemos as diferenças e vemos que é possível. É possível ter paz e harmonia, mesmo quando o diferente prevalece. É possível discordarmos e vivermos juntos. É possível que mesmo que nem tudo corra bem, tudo acabe bem. É possível parar tudo para rezar. É possível amar.
O silêncio, tão, tão forte que nos toca na pele. É sensível ao toque. O silêncio que nos atordoa porque está cheio de Deus.
E chorei.. quando uma rapariga das Filipinas começa a cantar e silencia uma sala com cerca de 200 pessoas e praí 20 nacionalidades diferentes. É que ela cantava com a força do coração. Não me lembro da música, só do amor que imanava da voz dela. Lembro-me de olhar e de todos estarem paralizados. Honestamente, nem sei se cantava bem, mas cantava do coração. E os outros corações não podiam resistir-lhe.
"Maravilhas fez em mim..."
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