*post dedicado ao Fofinho (aka Luís Roldão) por tanto insistir que este "nascesse"... =)
No último dia havia alguém que me perguntava como tinha sido a experiência (Encontro Europeu Taizé-Milão) desses dias... Não soube responder. Justifiquei-me com o facto de só em Portugal conseguir olhar convenientemente pra trás e avaliar o vivido.. Era e não era verdade.. Este post vai servir um pouco (porque há coisas que não se revelam publicamente!) pra te dar resposta a ti, Rui, mas também a todas aquelas pessoas que já fizeram e farão a mesma pergunta: "Como foi?!"
Como foi nem eu sei bem. Estas experiências são daquelas que nos revoltam cá bem dentro no fundo e que nos fazem sentir tudo e nada. Podemos sair de lá as pessoas mais felizes ou as mais infelizes do mundo ou até só assim assim, mas não nos é indiferente. Algo mexe, algo transforma.
Começo por confessar que, apesar dos meus aúreos e fresquissímos 22 aninhos, a viagem de bus já pesa um bocado sobretudo as noites... Podia falar do grau de intimidade que a Marta estabeleceu como avaliação, da Pi.sinal com a sua luva verde e cachecol azul, das latinhas geniais, das corridas po comboio, do Duomo, da neve (vi nevar pela primeira vez!), dos pandoros e tostas ao pequeno-almoço, da gata, do jogo Itália-Portugal (empatamos!), etc.. Mas decidi-me pelo mais importante.
No último dia havia alguém que me perguntava como tinha sido a experiência (Encontro Europeu Taizé-Milão) desses dias... Não soube responder. Justifiquei-me com o facto de só em Portugal conseguir olhar convenientemente pra trás e avaliar o vivido.. Era e não era verdade.. Este post vai servir um pouco (porque há coisas que não se revelam publicamente!) pra te dar resposta a ti, Rui, mas também a todas aquelas pessoas que já fizeram e farão a mesma pergunta: "Como foi?!"
Como foi nem eu sei bem. Estas experiências são daquelas que nos revoltam cá bem dentro no fundo e que nos fazem sentir tudo e nada. Podemos sair de lá as pessoas mais felizes ou as mais infelizes do mundo ou até só assim assim, mas não nos é indiferente. Algo mexe, algo transforma.
Começo por confessar que, apesar dos meus aúreos e fresquissímos 22 aninhos, a viagem de bus já pesa um bocado sobretudo as noites... Podia falar do grau de intimidade que a Marta estabeleceu como avaliação, da Pi.sinal com a sua luva verde e cachecol azul, das latinhas geniais, das corridas po comboio, do Duomo, da neve (vi nevar pela primeira vez!), dos pandoros e tostas ao pequeno-almoço, da gata, do jogo Itália-Portugal (empatamos!), etc.. Mas decidi-me pelo mais importante.
E o mais importante foi o acolhimento na nossa paróquia e o modo como a Adriana (nossa mãmã italiana) nos acolheu e acompanhou e ainda partilhou a belissíma história de vida, a ida ao bar alemão com o Simone (namorado da filha da nossa família), os grupos de partilha e as fantásticas pessoas da organização, do Padre brasileiro que defende a evangelização do jovem pelo jovem, da oração no meio da confusão, o encontrar amigos de outros países na Fiera e saber que o próximo encontro é na Croácia, do reflectir e pensar coisas menos boas de mim, do olhar, sentir e calar..
Isto foi o importante, porque o importantíssimo foram as pessoas geniais que conheci.. Partilho agora de uma experiência única e fantástica (e que nunca me tinha acontecido antes, nem em Taizé!) que é gostar (AMAR) pessoas que conheço há uns dias.. Pessoas que me tocaram o coração de um modo muito simples e especial e que continuam a ser presentes! Como escrevi a alguém, ainda que nunca mais na vida os visse (e talvez até não mesmo!) a parte deste encontro em que tocaram a minha vida, já me soube a muito! O privilégio de partilhar da riqueza destes anjos! Não vou dizer nomes, eles sabem quem são, já lhes disse. Só posso agradecer a Deus mais esta graça, este dom, que me lembra o como existem pessoas excepcionais e genuinamente boas!
Vale sempre a pena ir, mesmo quando isso também implica alguma dor...
Baci (ainda mais sentido desta vez!)
7 comentários:
VIAGEM
Aparelhei o barco da ilusão
E reforcei a fé de marinheiro.
Era longe o meu sonho, e traiçoeiro
O mar...
(Só nos é concedida
Esta vida
Que temos;
E é nela que é preciso
Procurar
O velho paraíso
Que perdemos).
Prestes, larguei a vela
E disse adeus ao cais, à paz tolhida.
Desmedida,
A revolta imensidão
Transforma dia a dia a embarcação
Numa errante e alada sepultura...
Mas corto as ondas sem desanimar.
Em qualquer aventura,
O que importa é partir, não é chegar.
Sophia de Mello Breyner Andresen
''O que importa é partir não é chegar'' ... Porque no dia em que chegámos se iniciou uma nova viagem, mais definida, mais destimida, mais feliz :)
Também eu ainda n sei bem dizer "como foi" esta estadia em Milão, certamente diferente do que se vive em taizé mas ao mesmo tempo semelhante, foram momentos intensos, alguns meio difusos pela confusão/animação gerada por tantas pessoas de tantos lugares, mas a mim marcou-me especialmente a parte do acolhimento desinteressado e de coração das pessoas da paróquia e das famílias, uma confiança partilhada por todos.
que todos nós saibamos manter esta confiança viva em todos os dias deste novo ano!
Não sei bem fazer um balanço, acho que não é necessário. Passando da viagem, ao nevar (também nunca tinha visto!amei!), às orações, aos passeios, às conversas, às pessoas, à bolada que apanhei, aos grupos de partilha, às refeições, a tudo! Gostei, amei conhecer tantas pessoas boas, tantas pessoas diferentes, tantos sorrisos verdadeiros. Acho que estava a precisar de algo como isto, consegui ter tantas conversas boas com tantas pessoas..e isso é um presente! um presente que vou sempre desembrulhar e embrulhar com jeitinho, para nunca deixar de me entusiasmar com estas pessoas e estes sentimentos :)
A felicidade às vezes é uma benção, mas geralmente é uma conquista.
Sim, é uma frase feita, mas que o seja muitas mais vezes, porque é destas frases que o mundo precisa.
tu sabes, gosto de ti :) baci, igual aos teus, para saberes o que realmente quero transmitir :)
Passados cinco dias da nossa chegada a casa, ainda não tenho palavras para descrever toda a emoção desta experiência.
Devo dizer que no primeiro momento, quando me sentei no lugar que me estava na camioneta estava um pouco apreensiva, conhecia poucas pessoas, sou pouco faladora (ser timida é o que dá), mas tudo mudou com o tempo que passámos juntos. O facto de ter sido em 2004 uma das familias de acolhimento, fez-me ver como é importante a comunicação, a partilha e toda a estadia em Milão foi emocionante, começando pela forma do acolhimento, pelos grupos das paróquias, pela partilha de experiências nos workshops, as orações que me tocaram muito.
Agora sentada na minha cadeira à frente do computador, vejo que todos nós fomos tocados por esta experiência tão enriquecedora que acredito que alterou as nossas vidas para sempre. Todos os momentos que passámos juntos, brincadeiras, partilha de alegrias, tristezas, saudades de casa, ficarão para sempre na minha memória e no meu coração. (Nós fomos a familia de cada um durante aquela semana)
Penso que é isto que Deus quer, que demos um pouco de nós aos outros, para nos tornar-mos mais ricos e fortes e encarar-mos o mundo de outra forma, mais confiante, mais partilhado e participativo.
Adorei conhecer-vos a todos vocês! Têm um lugar quentinho no meu coração!!
beijinhos do tamanho do Mundo
......
A próxima oração é dia 20!Depois é todas as sextas de 15 em 15 dias!
Gostei de te ver! Beijinhos Lucie
Obrigada..por partilhares todos esses sentimentos e por teres aprendido a amar!Deves ser exemplo para todos,e especialmente para mim, que gostava de amar assim..
Baci, em laranja,para lembrar Taizé...
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