linha amarela às 18h55:
um senhor levanta-se para um menino de, no máximo, 5 anos se sentar.
ele senta-se, olha para a senhora do lado com uma caixa de bolachas na mão e diz muito interessadamente:
"quero comer estas bolachas"
a senhora abre muito os olhos e sorri.
a mãe diz "nem pensar".
a senhora insiste, diz que o filho é igual.
ele começa a comer a suas bolachinhas, a mãe obriga ao obrigado da praxe.
eu começo a sorrir e não consigo parar, pra dizer a verdade dá-me vontade de rir à gargalhada e tenho que me controlar. a senhora sentada ao meu lado também. mas ele não quer saber da vergonha da mãe, da não manifestação do pai e muito menos dos nossos sorrisos.
quando a mãe diz "vamos sair aqui", ele pergunta:
"a senhora vai sair aqui?"
"não"
"hum.. tá bem, amanhã vou comprar essas bolachas"
(gargalhadas)
"sim, podes comprá-las no Pingo Doce, chamam-se esquecidos"
com os olhos muito abertos: "no Pingo Doce??!"
"sim"
mãe com um sorriso: "espero não me esquecer dos esquecidos"
e lá vai ele, mas ainda olha pra trás e diz um "obrigado, senhora!" - este já não obrigado pela mãe :)
a questão das crianças não é a ingenuidade, é genuinidade. não é de todo a inocência, é a ausência de censuras sociais. they just don't care to care - thank God!
1 comentário:
Que história D-E-L-I-C-I-O-S-A!
As crianças sabem sempre surpreender...
Se pudesse escolher uma profissão sem pensar na salvação do mundo, escolheria a de "pastor de crianças"!
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