Ontem.. no fim de ver o "Vizinhos" (Tiago Figueiredo) no CUPAV, encontrei-me (na mais profunda acepção da palavra) com um amigo... eram 23h e andávamos nós a pé às voltas em EntreCampos, como se fosse uma noite de verão com uma bonita lua cheia. Percorremos nessa caminhada as nossas rotas interiores e quase no fim da conversa subi (literalmente) a uma pedra para poder estar mais perto do coração e dos olhos dele. Depois de abraços sentidos e palavras soltas, desço e vamos de mão dada até à minha porta, tal qual dois namorados. Não fosse os nossos corações partidos e a mágoa de outros amores, talvez pudéssemos ser o casal perfeito.. ou talvez não. Porque a beleza desta relação revela-se em sermos plenamente livres para dizermos um ao outro que nos amamos, que podemos dar as mãos, assumindo convictamente que é a via da amizade que nos cruzou na vida e não outra. Ontem sentíamo-nos ambos frágeis e talvez por isso mais próximos. Mas também sabíamos que este amor-amizade nos ajuda, que não somos sós. E quando ele partiu, o seu coração já tinha voltado à sua dona e o meu ao seu dono. Não há nada a fazer. Porque sim, é verdade, não escolhemos.
1 comentário:
Só te posso agradecer. O amor que existe em ti, e em mim não vem de cada um de nós. E é essa aceitação e reconhecimento de um amor divino que noz faz sentir mais do que um casal perfeito. Faz-nos crescer como irmãos.
Sim Ele pôs-te no meu caminho, e a mim no teu por alguma razão. É assim que é, e é bom.
Mais palavras diria mas não sinto que seja preciso, pois os teus abraços dizem-me tudo. =]
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