quarta-feira, julho 01, 2009

can't help being lucky

Ando a desenvolver esta teoria há uns tempos: considero-me a pessoa mais sortuda do mundo.
E porquê? Se não posso fazer todas as viagens que quero, senão posso ajudar todas as pessoas que queria.. senão tenho ainda o suficiente para cumprir o meu sonho de vida...

Mas e o que tenho?
Família! Amigos! Viagens inesperadas (baratas, quando não à borlix)! Posso ao cinema, ao teatro, a concertos! Posso sair à noite! Posso ler! Posso escrever! Tenho roupa, casa, comida! E até carro! Posso ver o mar quando quiser... Posso dançar, posso amar! Posso AMAR! Se até no azar... tenho sorte..
E tenho um sentido para a minha existência, tenho um ideal, um objectivo a perseguir: Deus-Jesus Cristo!

E Deus.. que é o me faz ser "sortuda", todos os dias faz milagres acontecerem na minha vida. E está em todo o lado mesmo quando eu não vejo... mas depois ainda há dias que é tão ÓBVIO que eu não posso deixar de vê-Lo. E ultimamente (desde de que vim de Moçambique) dá-me vontade de chorar. Ontem foi mais um desses dias... Como não nos emocionarmos com a vida a pulsar à nossa frente? Contra todas as lógicas deste mundo, contra toda a maldade, contra todas as regras... Contra até a nossa má-vontade. Mesmo quando não queremos, quando não fazemos por isso.. quando lhe resistimos... a vida é escandalosamente VIDA. Escancara-se diante de nós, de tal forma, que não podemos negar as evidências... E eu ontem olhei e, incrédula, vi mais uma vez. Mais um milagre. E continuo a espantar-me todos os dias como Deus pode ser tão generoso comigo! Como continua a dar a Sua vida, só porque sim. Não que eu mereça... ninguém merece nada. Mas porque Ele me ama.. e então o "porque sim" é por Amor. É o sim de Amor que Ele nos dá. E a vida transforma-se.. tem que se transformar!..

Eu vi isto tudo ontem num arraial de idosos a que fui com as minhas 5 utentes, as únicas de uma cor diferente ali, mas com as quais entrei de uma forma orgulhosa por sermos isso mesmo: únicas. Como todos os outros ali.. todos únicos. E porque a D. Paulina me disse no fim: "Andreia, e se fosse sempre assim? Todos juntos e em festa?! Todos unidos!". E eu calei cá dentro a minha resposta: Há-de ser! Na vida eterna! :)

Baci*

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