segunda-feira, novembro 21, 2011

Cachopo

da Páscoa que escrevi, mas nunca cheguei a publicar
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Perdemo-nos nos montes perdidos de Cachopo para visitar, acompanhar e ressuscitar com um Jesus, que também teve que se deixar perder para nos fazer reencontrar a todos com a verdadeira vida.

Nesta aldeia algarvia encontrámos a simplicidade e a pequenez. Não são muitas as pessoas, mas são todas genuínas e por isso genuíno é o acolhimento com que nos recebem e nos alargam o coração. Fomos para animar a Liturgia e saímos de coração animado. Procurámos levar esperança e companhia e saímos com Amor. Preparámo-nos para rezar com os para quem fomos enviados e estes apresentaram-se como eles próprios uma oração digna de uma vida inteira para contemplar.

Dizia a Joana: “são coleccionadores de memórias”. E é verdade. Estas gentes grandes em idade e património sentimental (mesmo os mais pequenos), fizeram com que o sentido de estar ao serviço fosse de facto a enormidade das suas pessoas mais do que os números “simbólicos” que são para outros. 

“Em tudo vos demonstrei que deveis trabalhar assim, para socorrerdes os fracos, recordando-vos das palavras que o próprio Senhor Jesus disse: ‘A felicidade está mais em dar do que em receber.’” (Act 20, 35)

E assim foi que ao terceiro dia, ressuscitámos! 
Obrigada, Cachopo!

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