Quando nos entregamos aos outros tão genuinamente que nem o pensamos, quando temos os olhos postos em quem queremos servir, é inevitável que os milagres aconteçam.
Milagres, sim, plural. Mais que isso, milagres de Amor. Vidas dadas na totalidade à totalidade. Vidas partilhadas no Amor e na descoberta de que é possível de uma forma e s t u p i d a m e n t e fácil, ser MAIS, fazer MAIS por alguém, levar MAIS a alguém.
Então o Amor flui. Já ninguém sabe de onde veio, nem como começou, já não se sabe quem deu a maior quantidade ou quem fez o maior esforço, porque o Amor é o mesmo e igual entre todos, porque o Amor corre com força e não há nada que o faça parar. Porque é evidente. Porque é necessário para cada gesto. Porque não faz já sentido sem ser assim.
Seguimos. Estupefactos, sem acreditar como tanto Amor pode passar por nós. Como atrás de MAIS, há MAIS e MAIS Amor. Como o Amor é tão grande. Como nos toca na pele.
Aconteceu naquele momento que sabemos "artificial", "criado", "montado". Mas parece que teima em permanecer. Parece que não nos larga. Que mantêm laços. Que nos persegue.
Inunda-me. Espanta-me. Cega-me a luz imensa deste Amor.
Há sempre uma lágrima a espreitar quando dele falo. Há sempre uma ilusão de que posso "re-criá-lo".
Não parece sonho, porque não foi. Não parece longe, porque está perto.
É a relação humana que muda. São pessoas que mudam pessoas. Não são acontecimentos nem coisas. São pessoas reais com corações reais. São os encontros entre essas pessoas, são as vidas partilhadas e entregues, confiadas... É quando o tempo pára connosco lá dentro e se ouve só os corações a baterem. Quando os abraços são colados, são amados.
Tudo porque quando somos tudo, somos MAIS.
1 comentário:
pedem-se explicações num gamil perto de si ...
Me
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