quarta-feira, agosto 04, 2010

de quê, Senhor, de quê?

De que é feita a dor?!

De que é feito o meu estoicismo? A minha capacidade de quase procurar sofrer? De onde vem?

Porque procuro o que sei que mais ninguém pode, gosta, quer fazer e faço-o?

Porque é que tem que ser o mais difícil e o mais difícil até ao fim? Com tudo, com todos.

Porque é que me é difícil desistir das coisas e das pessoas quando sei que já pouco há para fazer?

Porque não cesso o que me faz mal, mas assumo-o como tarefa a cumprir?

Há quem não perceba mesmo isto. Mas eu vou querendo e vou tentando... e é tão difícil só tentar... custa quase tanto como o que vou sofrendo.

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