Espaço de partilha das várias tonalidades de azul que vou assumindo e descobrindo na minha vida..
quarta-feira, janeiro 27, 2010
É o Senhor! Coro Schoenstatt
não tem imagem, mas a letra diz tudo...
"É quem anda sobre as águas,
É quem multiplica o pão.
Quem acalma com sua voz meu temporal.
Quem me pede que encha as talhas,
Para dar vinho a beber.
É quem rema no mais fundo do meu ser.
É palavra que alimenta,
É a brisa que me alenta,
É a vida, é o caminho, é a verdade.
É o Senhor.
Não arde acaso o nosso coração ?
É o Senhor.
É quem me chama, é quem me ama,
É o Senhor.
Quem não vê as minhas faltas,
Mas minha fidelidade.
Quem constrói com a minha fragilidade.
Aquele que tudo sabe,
Mas me torna a perguntar.
Quem faz uma festa ao ver-me regressar.
É o fogo que me queima,
A alegria que me enche,
É a força que eu não sei explicar."
segunda-feira, janeiro 25, 2010
exercício de positividade
Então.. a não-novidade é que não ando muito bem... e como tal a S. propôs-me que, em vez de uma revisão de dia normal, eu olhasse só para as coisas positivas. E não é que me é mesmo difícil? Mas tem sido bom! :)
A semana passada, quando questionada sobre com um objecto me definisse, emudei... Então vem a L. em meu socorro e diz: "Sabes o que tu és? Um alfinete de dama!". E eu pergunto: "Mas porquê?". Resposta: "Porque serves para unir as pessoas!" Não é linda, ela?!
Em Taizé no passado Novembro diz-me o P.: "Adoro o teu riso". Respondo eu: "É demasiado estridente, assusta as pessoas." Diz-me ele: "Não, não o podes perder. É contagiante e faz-te mais bonita!".
E ainda em Taizé, faz-se-me um clique: não sou a pessoa mais sortuda do mundo, sou a pessoa mais ABENÇOADA do mundo. Esta pequena mudança de palavras, muda toda a compreensão da coisa.
E aqui fica o meu exercício de positividade. É que estou precisada... e a L. e o P. mesmo que não digam a verdade, são maravilhosos só por me quererem fazer acreditar.
***
quarta-feira, janeiro 20, 2010
eureka
É preciso uma pessoa ir fazer uma ecografia aos olhos (e sequer ter conhecimento que isso é possível!) para lhe ser dito: "de facto, não tem nenhum problema, mas a morfologia dos seus olhos é diferente do normal".
Eu sabia que existia uma razão para os meus olhos captarem o que outros não captam. É porque eles são especiais... Afinal há uma razão. Suspeito agora que pra além do mais têm vida própria e vêm o que querem e quando querem.. por isso é que eu nunca os pude "dominar"... Há sempre uma explicação.
sexta-feira, janeiro 15, 2010
namoro de amigos
Ontem.. no fim de ver o "Vizinhos" (Tiago Figueiredo) no CUPAV, encontrei-me (na mais profunda acepção da palavra) com um amigo... eram 23h e andávamos nós a pé às voltas em EntreCampos, como se fosse uma noite de verão com uma bonita lua cheia. Percorremos nessa caminhada as nossas rotas interiores e quase no fim da conversa subi (literalmente) a uma pedra para poder estar mais perto do coração e dos olhos dele. Depois de abraços sentidos e palavras soltas, desço e vamos de mão dada até à minha porta, tal qual dois namorados. Não fosse os nossos corações partidos e a mágoa de outros amores, talvez pudéssemos ser o casal perfeito.. ou talvez não. Porque a beleza desta relação revela-se em sermos plenamente livres para dizermos um ao outro que nos amamos, que podemos dar as mãos, assumindo convictamente que é a via da amizade que nos cruzou na vida e não outra. Ontem sentíamo-nos ambos frágeis e talvez por isso mais próximos. Mas também sabíamos que este amor-amizade nos ajuda, que não somos sós. E quando ele partiu, o seu coração já tinha voltado à sua dona e o meu ao seu dono. Não há nada a fazer. Porque sim, é verdade, não escolhemos.
quinta-feira, janeiro 14, 2010
acompanhar
Ontem o R. fechou os olhos com muita força pra não chorar quando a enfermeira trouxe a agulha. Nos seus enormes 8 anos, que não se traduzem em tamanho, vi o medo e a antecipação da dor. A enfermeira diz que ainda não é desta porque aquele braço já está calejado. A mãe não consegue ver as expressões que nós vemos na cara do R. É cega. A mãe só segura a outra mão e diz que tudo vai correr bem. A enfermeira brinca com ele, muda de braço e diz que tudo vai correr bem. A força deste miúdo pasma-me e destrói-me o coração.. o que ele foi obrigado a crescer: não se queixou, não gemeu sequer. Só aquela cara contraída... Desce do colo da mãe e os papéis invertem-se: ele é o seu guia. Temos que ir à médica. Encontramos na secretaria uma pessoa já conhecida do R. e da mãe. É amorosa.. trata toda a gente bem. Sempre que alguém chega de novo, ela encontra sempre uma coisa positiva para elogiar. Conhece todas as crianças e pais pelos nomes. Mas mais importante que isso, conhece as histórias. Fico comovida a olhar pra ela. É só uma funcionária de uma secretaria mas faz toda a diferença na vida das pessoas que ali passam: doentes, médicos, enfermeiros, auxiliares. É jovem e bonita e escolheu fazer o seu trabalho com Amor. Agora estou é envergonhada... quantas vezes não coloco este Amor no meu trabalho...
Vou ao bar do hospital. Encontro um amigo médico. Fala-me de um doente que também precisa de encaminhamento social. Não chegamos a uma conclusão sobre o que fazer. Peço-lhe que fale com a assistente social desse serviço.
O tempo passa. A médica demora. O pequeno R. começa a enroscar-se em mim... ainda agora me conheceu.. mas precisa de carinho. Mantêm-se quieto.. e vai reagindo às brincadeiras dos enfermeiros que já o conhecem. Há uma pra quem ele corre. Há sempre alguém mais especial. É tão grande este miúdo...
Quando vamos embora eu e a mãe seguimos o caminho errado, não obstante as recomendações do R. Ele tinha razão e eu também sou cega.
E hoje, muda a cara a meu encargo. Muda o hospital. Mas persiste a existência de uma pessoa mais preocupada: outra enfermeira. E ambas suspiramos ao mesmo tempo quando a A. nos diz que afinal já não toma os medicamentos desde Dezembro. Temos tentado imenso e a A. não percebe... Não sei que hei-de fazer à A. Zango-me com ela e digo-lhe que não a posso ajudar se ela não se ajudar a si própria... mas no fundo sei que ela não percebe isso e que estou a tentar convencer-me é a mim. Porque já não sei o que faça mais e porque sei que a terei que "abandonar" em Abril e não me parece que alguma coisa esteja resolvida. A minha ira é sinal da minha própria frustação. Hoje, como ontem, voltei a ir à capela do hospital. São estas capelas que me têm safo... É onde entrego estas vidas a Deus porque me sinto pequena como sempre.
quarta-feira, janeiro 06, 2010
que mais?!?! se é de Amor que somos feitos!
Um amigo com um dilema que partilhamos até às 3h da manhã.
Uma amiga a explodir de Amor e sem saber o que lhe fazer, que fica feliz de eu lhe atender o telefone à 1h30.
(enquanto falo com ela, o meu amigo fala com o "objecto" do seu dilema e de vez em quando trocamos o olhar de "quem é que se despacha primeiro" e eu penso na M. a dizer em Poznan: tudo se conjuga de forma perfeita)
E eu, com o simples privilégio de os escutar, de ir percebendo a cada dia que os corações humanos são imensamente frágeis. De que, no matter what, é sempre o Amor que nos move. É sempre o Amor que não nos deixa dormir, que nos faz escutar os outros, que nos dá a volta à alma. Que só por Amor, tudo vale a pena.
Eles ali a amar e eu a assistir na primeira fila, lembrando-me também do amor que me corre na alma. Parece que o Amor senão é graça.. é desgraça. Mas não é. É sempre benção. Mas às vezes não sabemos em que lugar o arrumar, sim, não percebemos onde pertence. Queremos arrancá-lo do coração. Mas ele não se despega assim... (eu que o diga!)
É de Amor que somos feitos, por isso só para o Amor devemos caminhar (mesmo quando o caminho é sinuoso).
Que se continue a Amar. Por favor?!
Uma amiga a explodir de Amor e sem saber o que lhe fazer, que fica feliz de eu lhe atender o telefone à 1h30.
(enquanto falo com ela, o meu amigo fala com o "objecto" do seu dilema e de vez em quando trocamos o olhar de "quem é que se despacha primeiro" e eu penso na M. a dizer em Poznan: tudo se conjuga de forma perfeita)
E eu, com o simples privilégio de os escutar, de ir percebendo a cada dia que os corações humanos são imensamente frágeis. De que, no matter what, é sempre o Amor que nos move. É sempre o Amor que não nos deixa dormir, que nos faz escutar os outros, que nos dá a volta à alma. Que só por Amor, tudo vale a pena.
Eles ali a amar e eu a assistir na primeira fila, lembrando-me também do amor que me corre na alma. Parece que o Amor senão é graça.. é desgraça. Mas não é. É sempre benção. Mas às vezes não sabemos em que lugar o arrumar, sim, não percebemos onde pertence. Queremos arrancá-lo do coração. Mas ele não se despega assim... (eu que o diga!)
É de Amor que somos feitos, por isso só para o Amor devemos caminhar (mesmo quando o caminho é sinuoso).
Que se continue a Amar. Por favor?!
terça-feira, janeiro 05, 2010
something new
tenho um sabor agridoce na boca e no coração...
algo mudou. não sei o q é... mas tenho medo.
Poznan impôs-se...
tudo demasiado outra vez.. cada vez mais tenho a certeza de que quando morrer.. é de ataque cardíaco...
UM ANO NOVO CHEIO DE AMOR-AZUL!
algo mudou. não sei o q é... mas tenho medo.
Poznan impôs-se...
tudo demasiado outra vez.. cada vez mais tenho a certeza de que quando morrer.. é de ataque cardíaco...
UM ANO NOVO CHEIO DE AMOR-AZUL!
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