O meu caríssimo F. diz que não devemos usar a palavra óbvio porque o que é óbvio para nós não o é muitas vezes para os outros e não devemos partir do pressuposto que o é.
Hoje vinha no carro a pensar que, de facto, eu só sei amar de uma forma. E por muito que me esforce, não há outra. Para mim é óbvio que amar seja isto e assim, mesmo sabendo que não o é para todos, mesmo experimentando com dor, que não é muitas vezes assim para os outros.. Não sei bem porque amo assim. Não sei se me ensinaram ou se nasceu comigo, não sei se o escolhi em algum ponto. Talvez nesse ponto tenha decidido que amar só podia ser assim e a partir daí não tenha existido mais retorno possível.
Só sei amar com tudo o que sou. Com toda a força, alegria e dor. Só sei amar na forma exagerada, exponenciada, romântica, plena. Não consigo amar bocadinhos, gostar em bocadinhos ou partes.. ou amo tudo ou não amo. E quando amo, por isto mesmo, é a sério. Não é a brincar, não é uma "fase", não é inconsequentemente. Não me passa porque quero, porque sim ou até mesmo pela razão mais que válida de simplesmente não fazer sentido. Torno-me melodramática, vivo tudo com a intensidade máxima como se a minha vida quase dependesse daquele amor. Choro, sonho, morro. E nunca estou satisfeita, acredito ainda que aquele amor pode sempre ser mais. Às vezes cega-me, encolhe-me, estreita-me o caminho, desorienta-me por completo. Porque é muito e eu não sei amar se for pouco. Não sei amar senão for tudo.. não sei amar mais ou menos, não sei amar às vezes, não sei amar só quando estou presente. Só sei amar sempre.
Sofro imenso, sim. É muito cansativo amar assim... fico exausta, penso que não vou aguentar. Depois quando acalma porque o Amor cresce, sei que valeu a pena, mas aí surgem também outras formas de sofrimento.
É que o Amor que não se dá, rebenta dentro de nós. Eu às vezes tenho essa sensação: a de que vou explodir por falta de escoamento de Amor. Ele é tanto dentro de mim que precisava de sair mais frequentemente...
Mas não me arrependo de amar assim. Sei que quando amo, me meto toda nesse Amor. Sou verdadeiramente verdadeira no Amor. E só o que é verdadeiro vale a pena.
É irracional talvez. Mas é genuíno.
Vou ali amar e já volto.
Hoje vinha no carro a pensar que, de facto, eu só sei amar de uma forma. E por muito que me esforce, não há outra. Para mim é óbvio que amar seja isto e assim, mesmo sabendo que não o é para todos, mesmo experimentando com dor, que não é muitas vezes assim para os outros.. Não sei bem porque amo assim. Não sei se me ensinaram ou se nasceu comigo, não sei se o escolhi em algum ponto. Talvez nesse ponto tenha decidido que amar só podia ser assim e a partir daí não tenha existido mais retorno possível.
Só sei amar com tudo o que sou. Com toda a força, alegria e dor. Só sei amar na forma exagerada, exponenciada, romântica, plena. Não consigo amar bocadinhos, gostar em bocadinhos ou partes.. ou amo tudo ou não amo. E quando amo, por isto mesmo, é a sério. Não é a brincar, não é uma "fase", não é inconsequentemente. Não me passa porque quero, porque sim ou até mesmo pela razão mais que válida de simplesmente não fazer sentido. Torno-me melodramática, vivo tudo com a intensidade máxima como se a minha vida quase dependesse daquele amor. Choro, sonho, morro. E nunca estou satisfeita, acredito ainda que aquele amor pode sempre ser mais. Às vezes cega-me, encolhe-me, estreita-me o caminho, desorienta-me por completo. Porque é muito e eu não sei amar se for pouco. Não sei amar senão for tudo.. não sei amar mais ou menos, não sei amar às vezes, não sei amar só quando estou presente. Só sei amar sempre.
Sofro imenso, sim. É muito cansativo amar assim... fico exausta, penso que não vou aguentar. Depois quando acalma porque o Amor cresce, sei que valeu a pena, mas aí surgem também outras formas de sofrimento.
É que o Amor que não se dá, rebenta dentro de nós. Eu às vezes tenho essa sensação: a de que vou explodir por falta de escoamento de Amor. Ele é tanto dentro de mim que precisava de sair mais frequentemente...
Mas não me arrependo de amar assim. Sei que quando amo, me meto toda nesse Amor. Sou verdadeiramente verdadeira no Amor. E só o que é verdadeiro vale a pena.
É irracional talvez. Mas é genuíno.
Vou ali amar e já volto.