Não oiço nada.
Só oiço a dor do "artista" a ecoar no meu coração.
Não oiço nada.
Só oiço a dor de quem não posso estender a mão.
Não oiço nada.
Só oiço a mágoa de quem partiu um coração.
Não oiço nada.
Só oiço a tristeza de quem conheceu a desilusão.
Não oiço nada.
Já nem me oiço a mim mesma, porque pior que as minhas dores, são as dores de quem amo e sofre por amor.
As varinhas mágicas não existem e as capacidades transcendentais de mudar um acontecimento pertencem só a Deus e até Ele escolhe não as utilizar.
Por isso lamento, na minha imensa pequenez, o que não posso mudar nem criar para dar uma só chama de esperança a quem já nem brasas tem no coração. Porque o coração pode estar aberto ao amor ou fechado na dor e a intensidade de cada um destes estados não é muito diferente, mas faz muita diferença.
Todos os meus que sofrem carregam não só o seu sofrimento, mas ainda mais o meu que tanto sofro por eles e às vezes penso que senão fosse tremendamente egoísta, talvez conseguisse libertar-me a mim e a eles. Pelo menos, um pouco.
A minha maior dor é a dos outros.
1 comentário:
Oh minha linda... ainda ontem pensei em ti. Terá sido sintonia?
Fui à Oração de Taizé nos Dominicanos. Tantas memórias... :)
Passo por aqui de vez em quando, nunca deixei um comentário porque... sei lá!!
Um grande beijinho para ti e quando voltares... a ver se nos encontramos que já não nos vemos há muito MUUUUUUUUITO tempo.
Xim?
Uma beijoca enorme, marina.
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